Comentários das Liturgias

1º DOMINGO DO ADVENTO

1º DOMINGO DO ADVENTO
Is 63,16b-17.19b; 64,2b-7 / Sl 79 / 1Cor 1,3-9 / Mc 13,33-37

1 domingo do adventoO Senhor está para chegar! Esta mensagem do Tempo do Advento nos convoca a preparar a vinda do Senhor, que será um momento de alegria e de plenitude da história. Apesar das nossas infidelidades e pecados, a história caminha para a gloriosa manifestação do Reino de Deus, que vai inaugurar um tempo novo de justiça e de paz. Sabemos que o Senhor virá, mas não sabemos quando isso acontecerá, por isso devemos viver atentos, vigilantes, deixando-nos modelar de acordo com a vontade de Deus. Essa é a mensagem deste primeiro domingo do Advento: vigiar. E é o próprio Senhor que nos concede a graça da perseverança em Seu caminho, até a vinda definitiva do Seu Reino.


O profeta Isaías apresenta a situação do povo que retornou do exílio da Babilônia e encontrava diante de si o grande desafio da reconstrução, não somente material, mas também de sua história e de sua fidelidade para com o Senhor. O profeta reconhece quanto o povo se afastou do caminho de Deus, tornando-se imundície por causa do pecado e até mesmo deixando de invocar o nome do Senhor. Mas, confiando na bondade divina, suplica que os céus se abram e que o Senhor venha ao encontro de seu povo, para refazer sua história. Apesar da consciência da infidelidade do povo, a súplica pela vinda do Senhor não é marcada pelo medo, mas pela esperança, alicerçada na firme confiança na misericórdia divina. Usando a imagem do oleiro que molda sua obra de arte, Isaías convida o povo a humildemente deixar-se modelar pela vontade de Deus, como barro nas mãos do oleiro.


Jesus, anunciando a gloriosa realização do Reino de Deus, convida-nos a permanecer atentos, pois ninguém sabe quando será esse dia da vinda definitiva do Senhor. Com a parábola dos empregados que recebem a tarefa de bem administrar a casa enquanto o patrão viaja, Jesus lembra que cada um de nós recebe uma tarefa do Senhor, e que a nossa vida é a oportunidade de realização dessa missão recebida, a qual garante também a nossa realização enquanto pessoa. Adverte-nos, pois, que devemos vigiar como os empregados, que não devem ser surpreendidos pelo patrão que chegará. É preciso que o Senhor não nos encontre dormindo, ou seja, que não sejamos iludidos pela cultura do imediatismo de nossa sociedade, que nos incentiva a viver o momento, sem nos preocuparmos com as consequências dos nossos atos. Viver vigilante é viver com responsabilidade, não permitindo que atitudes inconsequentes possam comprometer a realização da vontade de Deus em nossa história pessoal e na história da humanidade.


Esse também é o pedido que São Paulo faz aos Coríntios, recordando que Deus é fiel e que os enriqueceu com Sua graça, fazendo-se presente na vida da comunidade, amparando-os no testemunho de sua fé. Ainda mais, recorda que o Senhor concederá o dom da perseverança, para que se conservem no caminho de Jesus com uma vida irrepreensível. A nós essa palavra garante que Deus nos ajudará a sermos perseverantes na vivência da fé, assumindo uma postura ativa de empenho na edificação do Reino de Deus, vivendo a misericórdia, a justiça e a solidariedade.


Como preparamos a nossa casa para receber uma visita importante, assim devemos viver este tempo do Advento, preparando o nosso coração, a nossa vida, para celebrar o Natal do Senhor, a sua primeira vinda e, permanecendo irrepreensíveis no caminho do Senhor, atentos e vigilantes, estarmos preparados para a sua vinda gloriosa.

 

Liturgias Anteriores

Previous Next
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
  • 6
  • 7
  • 8